terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A canonização do Santo


Para quem imaginava um final de ano modorrento como fora o término do Campeonato Nacional se enganou.

O trio de ferro ainda têm compromissos pendentes e de relativa importância, ainda que não na mesma proporção. O Corinthians disputa o Mundial, o São Paulo decide a Sul-Americana e o Palmeiras vê um dos seus maiores ídolos se aposentar.

O confronto entre o Palmeiras campeão da Libertadores de 1999 e a Seleção Brasileira campeã mundial de 2002 é irrelevante frente ao real interesse da partida.

Falemos de Marcos, não falemos de defesas ou falhas. Até porque, assim como vocês, acompanhei a carreira dele e, consequentemente, cada um tem uma defesa favorita.

Marcos foi um boleiro, não foi atleta, pois nem ele mesmo considerava que fosse. Errou e acertou por diversas vezes, no campo e fora dele. Viveu intensamente o que o futebol lhe proporcionou. Às vezes, tão intensamente que se machucava. E como se machucou. Para um goleiro, seu número de lesões é um absurdo. Mas, como todo brasileiro ele se manteve firme até onde conseguiu. E o fim chegou.

O ocaso de sua carreira contribui para o término de uma geração para qual o futebol ainda era unanimidade.

O jogador que sempre falou mais do que deveria e rendeu sempre grandes entrevistas e matérias já adiantou que irá desaparecer da mídia. Com tudo isso, o futebol e a imprensa ficarão órfãos.

Afirmo que Marcos foi o melhor goleiro que vi atuar. Para os palmeirenses nem precisa perguntar.

Por fim, e diferentemente do usual, vai ser a primeira vez que vejo um Santo ser canonizado ainda com vida. Será esta noite, no velho Pacaembú.

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