Dunga e a arbitragem

Agência Reuters

O tempo passa e algumas coisas não mudam.

Dunga, a princípio, continua irritadiço. Durante um longo hiato, desde a Copa do Mundo, o técnico teve a atitude honrosa de ficar cuidando de seu pai doente. Ele voltou ao Internacional, no ano anterior, como uma aposta do presidente Giovanni Luigi para arrumar a casa. Aposta não, o dirigente enxerga em Dunga o técnico capaz de domar as feras do Inter e fazer o time render o que não tem rendido.

Agora, como o técnico pode fazer o time render se ele não se controla?

Depois de muito tempo, eu mudei minha opinião sobre Dunga. Não acho que seu trabalho na seleção seja tão horrível quanto achava outrora. Estou convencido de que ele consegue fazer a equipe jogar de maneira uniforme.

Se em outros tempos sua cruzada era contra os jornalistas, desta vez é contra os árbitros. Na semifinal contra o Esportivo, pela Taça Piratini, o técnico bradou xingamentos contra o bandeira e foi expulso. Segundo ele, há um complô. Ainda que ele esteja sofrendo uma perseguição, é melhor deixar isso pra lá, pois a cada vez que ele se revolta com isso dá mais motivos aos homens de preto para o colocarem pra fora.

Se Dunga não mudar ficará tão marcado quanto Leão ficou com a arbitragem. E isso só irá prejudicar o ex-técnico da seleção.

Veja o vídeo abaixo.

Mais dois jogos para Felipão

Roberto Filho/News Free/Gazeta Press

Felipão vai convocar, às 15h, os jogadores para integrar a seleção nos amistosos contra Itália e Rússia, na Suíça e Inglaterra, respectivamente. O técnico já anunciou que fará mudanças porque não gostou do que viu contra a Inglaterra. Convenhamos, não foi só ele que não gostou.

Podemos prever que as tais mudanças devem resultar ou na volta do estilo preferido do técnico gaúcho, o 3-5-2, ou um meio-campo com volantes considerados erroneamente como brucutus.

Isso não é algo para se desesperar. A ideia inicial do técnico era fazer a vontade da torcida e testar como o time se comportaria com dois volantes que saem para o jogo, como Paulinho e Ramires. Não deu certo. Todos os times do mundo, sem exceção, precisam dos carrregadores de piano. Os astros brilham porque alguém corre por eles.

Outra coisa que o treinador adiantou é que observará mais de perto os brasileiros que estão em Portugal. Vocês devem estar se perguntando: quem está em Portugal para ser observado? Ninguém. Os laterais Danilo e Alexsandro estão no Porto, assim como o zagueiro Luisão no Benfica. Além deles, não tem ninguém para ser convocado jogando no país. E nem mesmo os citados merecem uma chance. O único selecionável do país e que até já se transferiu era Hulk. Digo selecionável porque é convocado e não porque eu convocaria.

Assim vamos, sem tempo e com a corda no pescoço para montar um time que não passe vergonha na Copa das Confederações.

Pensando como um técnico de seleção, mas não necessariamente como Felipão, eu levaria Jefferson, Ralf e Bernard. Esses não fora lembrados da última vez. Sobre Neymar, não só o levaria como daria ao jogador a faixa de capitão e a responsabilidade de cobranças de pênalti e faltas, pois assim você ganha um jogador que está sendo constestado e criticado. Além do que, melhor que ele não temos e com ele ganharemos.

Brasil inicia a trajetória para 2014

Agência EFE

Luiz Felipe Scolari inicia hoje sua via sacra para renovar o amor do povo pela Seleção Brasileira. O jogo, não poderia acontecer em palco melhor, será em Wembley, contra a dona da casa, a Seleção da Inglaterra.

Com Ronaldinho Gaúcho, escolhido como tutor dos jovens, a Seleção não muda muito os nomes que eram lembrados por Mano, mas deve apresentar mudanças no que diz questão ao psicológico e ao comportamento do time.

Aliás, Felipão está tão mudado que sabedor da falta de tempo não fez as mudanças mais drásticas esperadas dele.

O 3-5-2 não parece ser uma opção desta vez, graças a Deus. Os volantes cabeças de área, ao que parece, também não terão muitas chances neste time.

Não esperem uma atuação de gala ou simplesmente arte, apenas esperem algo diferente.

Os confrontos seguintes já agendados para a Seleção mostram uma necessidade emergencial de confrontos contra grandes equipes, isso, consequesentemente, renderá uma boa preparação para o Brasil.

Daqui a quatro meses começa a Copa das Confederações. A competição servirá apenas para testes, pois o presidente da CBF, José Maria Marin, já assegurou que Felipão não sofrerá consequências em caso de derrota.

Assim, o futebol brasileiro inicia um novo momento de sua história com um velho conhecido e de glórias passadas.

Grêmio chega lá

Agência Reuters

O Grêmio conseguiu a classificação para a fase de grupos da Libertadores, mas no limite. A disputa de pênaltis contra a LDU foi para matar qualquer imortal.

O jogo foi parelho. Não havia um gremista na nova arena, que após o final do primeiro tempo, não tenha temido a eliminação.  A equipe estava nervosa com um Marcelo Moreno sumido, um Vargas de cabeça baixa e correndo sem sentido e a zaga mandando para o alto toda a posse de bola que recuperava.

Na segunda etapa, o Grêmio foi melhor e deixou de lado os chutões. Elano e Zé Roberto não conseguiram armar a equipe, mas o primeiro acertou um chute rarissímo e colocou o Grêmio na disputa por pênaltis. As penalidades mostraram que quem está mais concetrado leva a melhor, não existe essa bobagem de que pênalti é loteria.

A aflição foi tanta quando Saimon perdeu a segunda cobrança que até mesmo Luxemburgo desistiu de olhar as seguintes batidas. No fim, Marcelo Grohe, substituindo Dida que está lesionado, defendeu uma penalidade nas cobranças alternadas e classificou o tricolor gaúcho.

O Grêmio se junta à Fluminense, Huachipato e Caracas no Grupo 8. Se não houver surpresas como os deuses do futebol quiseram aprontar ontem, os brasileiros deverão decidir apenas o campeão e vice do grupo.

É importante salientar que o que a nova arena tem de linda tem de gramado ruim. É perceptível que o Grêmio não conseguiu apresentar um bom futebol também por culpa do gramado, se for assim é melhor jogar no Olímpico, por enquanto.

Agora, falemos do quase desastre.

É sabido que o pedido das autoridades fosse para que não houvesse avalanche e fossem instaladas as cadeiras no local. No entanto, não havia cadeira alguma e a avalanche aconteceu.

Não se sabe se é lobby de direção com torcida ou o que quer que seja. O que se sabe é que tendo em vista a proximidade da tragédia de Santa Maria isso não deveria acontecer de maneira alguma.

Agência Reuters

A apatia de Ganso

AFP

No final do ano anterior, a transferência de PH Ganso marcou os noticiários não somente pelo valor da negociação, mas também pela expectativa gerada em torno do produto.

Durante um período, breve é verdade, alguns afirmavam e acreditavam mais em Ganso que em Neymar. Aqui faço minha mea culpa por também ter sido um dos que tinham essa crença. O tempo mostrou quão errôneos estávamos.

A saída do Santos, como queria o jogador, deveria marcar o seu retorno ao nível excepecional que apresentou no início, mas isso ainda não aconteceu.

Atualmente, Neymar é tido no país como hors concours. Já Ganso passou a ser visto como um jogadorde potencial e de futuro indefinidos.

O meia tem sido preterido pelo técnico Ney Franco para a escalação de Jadson e até de Cañete. Aliás, o argentino sofreu tanto com contusões como Ganso, mas nos treinos parece demonstrar mais gana de vencer.

E esse é o problema, a falta de vontade. O sonho de todo treinador é que todo jogador veja a disputa como o último prato de comida. Até mesmo Rogério Ceni já disse que é isso que falta ao meia.

A Seleção Brasileira não irá esperar pelo jogador. Se Ganso sonha em trajar amarelo tem que mudar imediatamente, pois se com Mano Menezes o caminho já estava complicado, com Felipão tende a ficar ainda pior.

Será que Ganso ainda irá se tornar o jogador que todos esperavam que fosse? Será que as contusões são realmente o que atrapalham o desenvolvimento do jogador?

Eu não sei, o São Paulo como um todo não sabe e talvez nem mesmo Ganso saiba. Apenas uma pessoa que afirmou que o jogador era "bichado" sorri com o desenrolar de tudo. Da Vila Belmiro LAOR aprecia o que acredita ser sua vingança.