quarta-feira, 31 de outubro de 2012

La mano da discórdia


Há uns posts atrás eu havia escrito que a amoralidade havia reinado no Brasileirão ao colocarem um árbitro carioca para apitar o jogo do Fluminense.

O limite, seja ele qual for e não me perguntem qual é, foi ultrapassado.

O gol de mão de Barcos é só mais um ato de desonestidade.
Romário, certa vez jogando pelo Vasco disse que o adversário fez o gol contra quando o árbitro ia dando sua autoria ao tento. Para alguém que buscava o gol de número 1.000, sem entrar no mérito da conta ser correta ou não, foi um ato digno.
Se até um dos mais malandros de todos pôde ser digno, por que um argentino não seria?

O Palmeiras entrar com a ação no STJD para cancelar a partida é esperado, no desespero as pessoas fazem coisas impensáveis. Todavia é digno de pena atitude do time.

O Internacional não se defender como deveria também é compreensível.

Agora, o STJD acatar e suspender o prélio até que seja julgado é uma vergonha!
Instituições para engravatados aparecerem em cima do futebol são várias e não servem mesmo para nada.

A "chatice" que muitos classificam o futebol contemporâneo tem muito das ações do STJD.
Xingou é punido. Falou é punido. Fez falta é punido. Se for expulso é duplamente punido

Não é necessário que o futebol precise de um tribunal, qualquer um conhece as regras do jogo e o que é passível (ou não) de punição mais severa ou julgamento extra campo.

Se fosse um tribunal sério, não cometeria o erro de favorecer o irregular...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ah Pelé...


O Rei fez 72 anos.

Não o vi jogar, mas acredito nos relatos.

Infelizmente, há alguns bobos de corte que julgam que Messi passará Pelé. Uma afronta.

Em 28 de outubro de 1969, Carlos Drummond de Andrade escreveu no Jornal do Brasil um texto de título Pelé 1.000 (referência ao gol de número 1.000 do Rei) do qual extraio o seguinte trecho:

"O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols como Pelé. É fazer um gol como Pelé. Aquele gol que gostaríamos tanto de fazer, que nos sentimos maduros para fazer, mas que, diabolicamente não se deixa fazer. O gol."

Já em 20 de julho de 1971, Drummond escreveu também no Jornal do Brasil um texto de título "Letras Louvando Pelé" (o texto foi escrito após o jogo de despedida do Rei com a camisa Seleção Brasileira) do qual extraio o seguinte trecho:

"Pois é, respode Pelé. O nome rima no ar. Nome fácil de guardar. De dizer. Os sons se cruzam, se abraçam: Pelé no Maracanã.
O imenso coro ressoa. Pe-lé. Pe-lé. Pe-lé.
Até
amanhã.
Não é adeus, é até
logo Pelé, até.
No Maraca, na esperança, no mundo, o nome, a lembrança, a presença de Pelé."

Quem dera nossa idolatria fosse metade da que os argentinos tem por Maradona, ainda que seja sabido que ele está (muito) atrás de Pelé e Garrincha.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A palavra cumprida


Um pouco atrasado, mas vale a escrita.

Não foi por dinheiro que Alex acertou com o Coritiba. Se fosse isso que procurasse, no Palmeiras ganharia mais, com absoluta certeza.

Não foi por não se emocionar com a festa da torcida cruzeirense que não acertou a ida para a Toca da Raposa. Ele sabe que lá viveu sua melhor fase no Brasil.

Não foi o iminente, e agora improvável rebaixamento do Palmeiras que o impediu. Embora seja sabido que um jogador tão cobiçado não jogaria a segunda divisão, não foi por isso.

Foi por ter dado a palavra.

Acertar algo verbalmente ainda vale para alguns, o meia já havia declarado a vontade de voltar ao clube que o moldou desde seus nove anos de idade, e voltou.

Simples assim.

Não será preciso revolta de palmeirenses ou cruzeirenses, é só aceitar que alguém tem palavra e cumpre com o que disse, mesmo que isso cause tanto espanto