quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ah Pelé...


O Rei fez 72 anos.

Não o vi jogar, mas acredito nos relatos.

Infelizmente, há alguns bobos de corte que julgam que Messi passará Pelé. Uma afronta.

Em 28 de outubro de 1969, Carlos Drummond de Andrade escreveu no Jornal do Brasil um texto de título Pelé 1.000 (referência ao gol de número 1.000 do Rei) do qual extraio o seguinte trecho:

"O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols como Pelé. É fazer um gol como Pelé. Aquele gol que gostaríamos tanto de fazer, que nos sentimos maduros para fazer, mas que, diabolicamente não se deixa fazer. O gol."

Já em 20 de julho de 1971, Drummond escreveu também no Jornal do Brasil um texto de título "Letras Louvando Pelé" (o texto foi escrito após o jogo de despedida do Rei com a camisa Seleção Brasileira) do qual extraio o seguinte trecho:

"Pois é, respode Pelé. O nome rima no ar. Nome fácil de guardar. De dizer. Os sons se cruzam, se abraçam: Pelé no Maracanã.
O imenso coro ressoa. Pe-lé. Pe-lé. Pe-lé.
Até
amanhã.
Não é adeus, é até
logo Pelé, até.
No Maraca, na esperança, no mundo, o nome, a lembrança, a presença de Pelé."

Quem dera nossa idolatria fosse metade da que os argentinos tem por Maradona, ainda que seja sabido que ele está (muito) atrás de Pelé e Garrincha.

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